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CRÔNICA DE UMA ROMARIA.......... DIFERENTE

Hermínio Canova

 

Com mais de 300 participantes, alunos e alunas, de hoje e de ontem, educadores, assessores, amigos e amigas, a segunda “Romaria Missionária das Escolas de Formação Pe. José Comblin” foi realizada no Santuário Padre Ibiapina, em Santa Fé - Solanêa (PB), nos dias 09-10 e 11 de Março de 2018.

 

As delegações da Bahia, Escolas de Barra e de Juazeiro, foram as mais numerosas e animadas. Estava presente também uma delegação da Escola recém- criada na Prelazia de São Félix do Araguaia, Mato Grosso, que trouxe a memória viva do sobrevivente profeta da Igreja da Libertação o bispo Pedro Casaldáliga. Participaram também as Escolas de Esperantina-PI, de Floresta-PE, da Catita-AL e de Mogeiro-PB, sendo que esta última caprichou com bom gosto na encenação da história do teólogo e pedagogo José Comblin, que nasceu na Europa e se tornou latino-americano, atuando em vários países sobretudo no Brasil.

 

O horizonte maior desta segunda Romaria Missionária foi a Esperança dos Pobres, que vive e viverá também em tempo de profunda crise como o que estamos vivendo hoje.

 

O primeiro dia foi dedicado à memória da caminhada das Escolas de Formação Missionária e de alguns nossos educadores e mestres: José Comblin, fundador e criador da pedagogia missionária, José Maria Pires, Pedro Casaldáliga, Marcelo Carvalheira e o bispo de Roma, papa Francisco. Foi lembrado, como pai de todos e modelo de missionário, o nordestino Padre Antônio Ibiapina.

 

No encontro foi manifestada pelos participantes a grande alegria de termos hoje como Papa o bispo de Roma, Francisco.

 

No segundo dia (dia 10), nas 6 rodas de conversas e na plenária, buscou-se caminhos de esperança em tempo de crise. Quais os sinais e os caminhos esperançosos na sociedade, nas Igrejas e nas comunidades? Quais os sinais de novidade esperançosa nos trabalhos de organização e conscientização do povo, nas práticas formativas, culturais e de cuidado com a vida e a natureza? Em cada aspecto da vida e do trabalho formativo, os diferentes grupos de reflexão assumiram novos compromissos de atuar com esperança e com fidelidade profética em novas práticas e atividades.

 

“Não deixemos que nos roubem a esperança” (papa Francisco).

 

Os participantes foram atentos ao momento político que vive o nosso país. Foi relatado que para muitos participantes é sempre constrangedor e confuso o apelo de padres e bispos para que os leigos, nas atividades pastorais, não falem em política; foi afirmado que o compromisso dos cristãos missionários é evangelizar, isto é conscientizar o povo a respeito dos seus direitos, da urgência de participarem na definição das políticas necessárias para o país.

 

“Por favor, entrem na política, Política com o P maiúsculo” (Papa Francisco).

 

A Celebração do último dia trouxe a riqueza da Palavra, do Pão e do Vinho, junto com a beleza da simbologia, arte e costumes da cultura do povo, e enviou todos e todas para o compromisso da formação e da missão em suas regiões.

 

E agora, José ?

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